“A elevação da produtividade, ao gerar mais produção, acabará criando mais
empregos; e geração de empregos, além de contribuir para o crescimento
econômico, diminui os gastos com os programas sociais”, destacou o economista, consultor
e professor da Fundação Getulio Vargas, Robson Gonçalves, durante encontro com
grupo de empresários e executivos do setor da construção civil, no dia 30 de
outubro, no SindusCon-SP. As perspectivas para 2014 e 2015 foram apresentadas
pelo economista no evento “Diálogos da Construção”, conduzido pelo presidente
do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, e pelo vice-presidente Administrativo
e Financeiro, Francisco Vasconcellos.
Para o especialista, no atual cenário de baixo desemprego, inflação e
salários em crescimento, o governo precisa assumir um compromisso com uma
produtividade desesperadora da economia: ou a eleva ou traz gente de fora. "A
primeira medida que o governo deve tomar é deixar claro que a política
econômica retornará aos três pilares. Precisa praticar o regime de metas de
inflação, entregar o superávit prometido das contas públicas e cuidar das
contas externas. Precisa atuar com clareza, reduzir a incerteza, melhorar o
ambiente de negócios", afirmou.
Gonçalves disse ter convicção de que o Brasil dispõe de condições de
voltar a crescer. Lembrou que a economia brasileira foi a que melhor se
recuperou após a crise financeira internacional de 2008/2009. E preconizou
simplificação da tributação, mais investimentos na infraestrutura e na
logística, desburocratização, reajuste de preços administrados e elevação da
taxa de investimento. "Nada contra o gradualismo no ajuste econômico,
desde que sejam tomadas as medidas certas", comentou.
Previsões do economista para o setor em:
Final de 2014
- crescimento do PIB de 0,3%;
- inflação de 6,8%;
- taxa Selic acima de 11,25%;
- dívida pública líquida de 33,3% do PIB;
- superávit do balanço de US$ 2,4 bilhões;
- investimento direto externo de US$ 60 bilhões, e
- taxa de câmbio a R$ 2,40.
Final de 2015
- crescimento do PIB de 1%;
- inflação de 6,3%;
- taxa Selic acima de 11,25%;
- dívida pública líquida de 33,8% do PIB;
- superávit do balanço de US$ 9 bilhões;
- investimento direto externo de US$ 57 bilhões, e
- taxa de câmbio a R$ 2,50.
Fonte: SindusCon-SP
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