O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou variação de -3,9%, no último trimestre
deste ano, segundo a Fundação Getulio Vargas(FGV). O índice, com findo em
dezembro, foi considerado como uma leve piora do setor, na comparação com o
mesmo período do ano anterior. O resultado interrompe a sequência de avanços do
índice considerando-se a mesma base de comparação (variações de -4,6%, em
setembro; -4,3%, em outubro; e -3,7%, em novembro).
Entre dezembro de
2012 e de 2013, o índice apresentou queda de 5,0%, ante -3,7%, em
novembro. No enfoque trimestral, a piora do ICST deveu-se tanto à avaliação da
situação atual quanto às expectativas das construtoras. De forma geral, os
resultados da pesquisa sinalizam que o ritmo de atividade do setor, que
vinha ganhando fôlego, é ainda moderado na virada de ano.
Já a taxa de variação interanual
trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -5,9%, em novembro, para
-6,2%, em dezembro. Na comparação interanual mensal, o ISA-CST apresentou melhora relativa, ao variar -5,0% em dezembro,
depois de registrar -5,7%, em novembro.
O Índice
de Expectativas
(IE-CST) mostrou relativa estabilidade nas
comparações trimestrais, ao passar de -1,7%, em novembro, para -1,6%, em
dezembro. Na forma de comparação interanual mensal, houve piora considerável,
com variações de -1,8% para -4,9%, nos mesmos períodos de comparação.
Dos onze segmentos
pesquisados, seis apresentaram piora no Índice de Confiança, na comparação
trimestral interanual. Os destaques negativos ficaram com Obras
de arte especiais e Obras de outros tipos, segmento cuja variação passou de
-4,0%, em novembro, para -7,6%, em dezembro; e Obras de Acabamento, de -8,3% para -11,2%, nos mesmos períodos.
A piora relativa do ISA-CST foi
influenciada pelo quesito evolução recente da atividade. A variação interanual
do Indicador Trimestral deste item passou de -5,1%, em
novembro, para -8,3%, em dezembro. Das 699 empresas consultadas, 21,9%
avaliaram que o nível de atividade aumentou no trimestre findo em dezembro,
contra 27,9% no mesmo período do ano anterior; já 18,0% das empresas reportaram
que a atividade diminuiu (contra 14,6%, em dezembro de 2012).
O quesito que mede
o grau de otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes foi o
que exerceu a maior pressão negativa para o recuo do IE-CST. A variação interanual trimestral deste quesito
passou de -2,0%, em novembro, para -2,6%, em dezembro. A proporção de empresas
prevendo melhora da situação na média do trimestre findo em dezembro é de
37,5%, contra 39,8% há um ano, enquanto a parcela das que estão prevendo piora
foi de 6,1%, contra 5,0%, em dezembro de 2012.
Fonte: FGV