“A melhora das expectativas indica uma percepção dos empresários de que o cenário de queda da atividade da construção não deve persistir por muito mais tempo. E essa redução do pessimismo já se reflete no indicador de emprego da Sondagem da Construção: a disposição de demitir nos meses seguintes tem caído continuamente. Embora isso ainda não tenha se traduzido em intenção de contratar, pode representar uma desaceleração do ritmo de queda no emprego. No entanto, enquanto a Demanda Insuficiente continuar sendo o principal fator limitativo à melhoria dos negócios, as demissões continuarão a superar as admissões,” comentou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
A alta do ICST em março deveu-se exclusivamente às perspectivas de curto prazo do empresariado: o Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 1,7 ponto, para 87,8 pontos – o maior desde setembro de 2014 (88,4 pontos). Os dois quesitos que compõem este subíndice aumentaram, com destaque para o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que variou 2,2 pontos, na margem, para 90,1 pontos.
O Índice da Situação Atual (ISA-CST), recuou pelo segundo mês seguido, ao variar 0,2 ponto, atingindo 62,8 pontos. A maior contribuição para a queda veio do indicador de percepção em relação à carteira de contratos, que caiu 0,6 ponto em relação ao mês anterior, para 61,5 pontos.
Com o resultado, a diferença entre o ISA-CST e o IE-CST, em pontos percentuais (p.p.) voltou a aumentar, alcançando novo recorde da série.
Fonte: FGV