A falta de crédito para o financiamento à produção, os aumentos
sucessivos dos preços do asfalto, o fim do Regime Especial de Tributação (RET)
em dezembro deste ano e as constantes propostas de desvio do uso do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outras questões que impedem o
crescimento da construção civil, reuniram, em audiência, representantes da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em São Paulo, no começo de
julho, com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário de Política Econômica
(SPE), Fabio Kanczuk.
Indutor de emprego e renda, o setor da construção sofre a falta
de crédito para produção. Buscando uma solução para o problema, principalmente
em razão do difícil momento vivenciado pelas empresas construtoras e a
dificuldade de acesso os recursos financiamentos, a entidade reforçou à equipe
financeira a importância do governo estabelecer mecanismos que deem segurança
tanto para os bancos investirem quanto para o setor produzir, na linha de novos
critérios de governança, de transparência, de auditoria e de seguros. O assunto
também foi tratado esta semana com o diretor de Regulação do Banco Central do
Brasil, Otávio Ribeiro Damaso.
A CBIC também manifestou apreensão com as inúmeras notícias
sobre o desvio de uso dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) para as mais diferentes aplicações E possíveis mudanças no FGTS. Se
houver mudança, o Brasil continuará com vergonhosos índices de déficit
habitacional e falta de saneamento, por comprometer a aplicação de recursos em
habitação, saneamento, infraestrutura urbana, operações urbanas consorciadas e
mobilidade urbana, que levam melhorias à sociedade brasileira. Nos mais de 50
anos de aplicação do FGTS, são indiscutíveis os resultados concretos tanto no
que se refere à entrega de obras de mobilidade urbana quanto em redes de
abastecimento de água e de saneamento, estação de tratamento de esgoto,
recuperação ambiental e as inúmeras habitações produzidas. Além de suscitar a
geração de emprego formal e renda, representando uma parcela importante do
investimento nacional, que contribui para o crescimento sustentável da economia,
os investimentos do Fundo de Garantia também retornam para o governo na forma
de impostos.
Fonte: cbic
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