Com
a queda de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2015,
ante aos três primeiros meses deste ano, foi a construção civil o setor que
apresentou o menor crescimento da indústria brasileira, com uma retração de 8,4%
e uma subtração de -5,5% no acumulado do ano, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para
o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP) o
setor produtivo está pagando uma alta conta pelas decisões da União que vão
contra os trabalhadores. “Parece que o governo não está preocupado com a
recessão tampouco com o desemprego gerado”, afirma o presidente da entidade, José
Romeu Ferraz Neto. “Apesar do baixo desempenho do setor, a União ainda vai
onerar a folha de pagamento do setor em 125% e quer aumentar a alíquota do
PIS/Confins de 3,65% para 9,25% do faturamento”, destaca o empresário.
A pesquisa de emprego do SindusCon-SP,
divulgada nessa sexta-feira (28), mostra que a construção civil brasileira
registrou queda de 1,29% em julho na comparação com o mês anterior
(desconsiderando os fatores sazonais). Essa é a 17ª queda mensal
consecutiva.
Próximos meses
Em
razão da piora do ambiente macroeconômico, principalmente dos indicadores como
Produto Interno Bruto (PIB), juros, inflação, emprego e câmbio, o SindusCon-SP
revisou em agosto suas estimativas para baixo, prevendo uma retração de 7% para
o PIB da Construção em 2015 ante os 5,5% projetados anteriormente.
Há também a previsão de que 475 mil vagas com
carteira assinada serão cortadas até o fim do ano. “De janeiro a julho de 2015
foram cortados 184,6 mil empregos na construção brasileira em relação a dezembro
de 2014. Ou seja, o maior impacto ainda se dará nesse segundo semestre”, diz
Romeu Ferraz. “O corte nos postos de trabalho vai se acelerar e gerar um
impacto ainda maior no PIB no segundo semestre.”
Fonte: SindusCon-SP
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