Desonerar a folha de
pagamentos; reduzir o Regime
Especial de Tributação (RET) de 6% para 4% sobre o faturamento; aumentar o
limite do “RET Social” de R$ 85
mil para R$ 100 mil; e criar uma nova linha de capital de giro para as micro e
pequenas empresas, na Caixa Econômica Federal, foram as medidas apresentadas
pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (04/12), como
estímulo ao setor da construção civil no País. Segundo Mantega, o objetivo do
governo é fomentar o financiamento habitacional e reduzir o custo da construção
de novas moradias.
De acordo com o
ministro, a indústria da construção civil tem grande importância para a
economia brasileira, pois gera emprego e mais formalização e ainda realiza o
sonho dos brasileiros de adquirir a casa própria. “Além disso, o setor é
responsável por quase metade do investimento que nós fazemos no país. Assim,
estimular esse setor significa estimular o investimento no país”, ressaltou.
O anúncio das medidas
aconteceu durante cerimônia alusiva a 1 milhão de moradias entregues e 2
milhões contratadas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Segundo o
ministro, esse programa habitacional é um dos mais ousado já lançado no Brasil.
Durante o seu pronunciamento,
a presidenta Dilma Rousseff destacou a importância das medidas apresentadas,
ressaltando que elas são corretas e pertinentes. “O setor da construção civil
vem reivindicando essas medidas, então nada melhor que numa comemoração,
atender a essas reivindicações. É um reconhecimento da importância do setor
para geração de empregos e estímulo a várias cadeias produtivas”.
Desoneração da folha
A primeira medida
apresentada por Guido Mantega foi a desoneração da folha de pagamentos. Assim,
ao invés de pagar a contribuição de 20% sobre a folha, a indústria pagará 2%
sob o faturamento.
Atualmente, com a
contribuição de 20% sobre a folha, o setor gasta por ano R$ 6,280 bilhões. Com
a mudança, a construção civil passará a pagar R$ 3,430 bilhões, uma economia de
R$ 2,850 bilhões anual.
“A desoneração é muito
importante para um setor que emprega muito. É muito bom, pois barateia o custo
da mão de obra sem prejudicar o trabalhador. Com a desoneração liquida de R$
2,850 bilhões poderá haver redução de preço dos imóveis, melhora na
produtividade e aumento nos investimentos”, explicou Mantega.
Segundo cálculos
apresentados pelo chefe da Fazenda, no primeiro ano ainda haverá uma renúncia
por fluxo de caixa de R$ 970 milhões, devido ao ganho adicional que existe pelo
fato de o pagamento do faturamento só ocorre ao final da construção.
“Então, tem uma vantagem adicional para esse segmento”, comentou.
Redução do RET
O governo reduziu o
Regime Especial de Tributação (RET) da construção civil de 6% para 4%. A medida
terá um impacto anual estimado em R$ 411 milhões. Diferentemente dos outros
setores, a construção civil paga em um único regime o Imposto de Renda, a CSLL,
o COFINS e o PIS.
O governo também
ampliou o valor das habitações de interesse social de R$ 85 mil para R$ 100
mil, no qual incidem o RET Social de 1%. A previsão é de que o impacto anual da
medida será de R$ 97 milhões.
Mais capital de giro
A última medida
apresentada pelo governo foi a criação de linha de capital de giro de R$ 2
bilhões na Caixa Econômica, destinada às micro e pequenas empresas.
Essa linha visa
disponibilizar para empresas da construção civil, com faturamento de até R$ 50
milhões anuais, capital de giro com preços e prazos competitivos. “Essa linha
vai baratear os custos para o período de construção, com uma liberação
antecipada do capital de giro, a uma taxa de juros pequena”, explicou
Mantega.
Fonte:
Ministério da Fazenda.
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