Indústria da construção ainda em banho-maria.

A economia do setor da construção civil se manteve em banho-maria no primeiro trimestre de 2012, apesar do mês de março ter apresentado um crescimento no nível de atividade até considerável pelo segmento. A dificuldade de acesso ao crédito, impossibilitando o crescimento de pequenas empresas, foi uma consequência tépida da indústria. A avaliação é resultado da Sondagem Indústria da Construção, realizada com 437 empresas, entre os dias 2 e 17 de abril, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e divulgada dia 26 de abril. O estudo, que apresentou informações gerais do setor, destacou o antagonismo de números em diferentes atividades e desempenhos específicos, sempre em escala de 0 a 100 pontos.

Dados Sondagem Indústria da Construção:

- Quanto à situação financeira, empresas de serviços especializados atingiram 53,9 pontos, ante aos 51,4 pontos registrados no mesmo período, em 2011. Outros setores da construção operaram em baixa.

- A indústria de construção de edifícios obteve resultado inferior, atingindo 50,4 pontos, ante aos 52,1 apresentados no ano passado.

- As obras de infraestrutura obtiveram 45,8 pontos.

- O nível de atividade da indústria, nas grandes empresas, atingiu 53,6 pontos, em março, ante a 49,3, em fevereiro.

-O nível de atividade da indústria, nas pequenas empresas, registrou queda, com 48,5 pontos, ante a 49, em fevereiro.

- A capacidade de operação da indústria da construção, implantada pela pesquisa, na edição deste mês, atingiu 73% nas empresas de grande porte, ante63%, registrada pelas pequenas empresas.

- A contratação de mais empregados atingiu 58,9 pontos, deixando otimista a indústria.


A pesquisa também registrou a insatisfação de pequenos empresários quanto ao difícil acesso ao crédito no trimestre, mas mostrou otimismo na expectativa de grandes empresários para os próximos meses.

A Sondagem Indústria da Construção registrou diversas informações do setor sobre as atividades, emprego e as expectativas dos empresários para o próximo semestre, destacando a situação financeira, margem de lucro operacional e acesso ao crédito das empresas.